Duas vítimas de um golpista de 48 anos que fingia estar apaixonado por três mulheres se uniram para provar o estelionato praticado por ele após uma delas ter descoberto a pilantragem. E a reação contra o criminoso deu certo.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, o homem foi preso em Curitiba, nesta quinta-feira, suspeito de aplicar 18 golpes, chamados pelos investigadores de “golpes do amor”, contra uma mulher de 39 anos, moradora de Cianorte (PR), a cerca de 510 quilômetros da capital do Estado, de quem conseguiu subtrair R$ 93 mil.
O suspeito e a vítima teriam se conhecido por meio um site de relacionamentos, mas enquanto isso, o homem também mantinha relação via internet com uma mulher de Joinville (SC) e ainda com outra que, atualmente, mora em Portugal. As investigações apontaram que ele demonstrava desejo por se casar e morar junto.
Após o suspeito fazer as vítimas acreditarem que estão namorando, ele começa a aplicar os golpes, seja alegando que seu carro havia quebrado ou que precisava pagar empréstimos fictícios. No caso contra a moradora de Cianorte, ele teria praticado as fraudes entre julho e dezembro de 2019.
Mesmo com as outras duas, o objetivo era sempre retirar dinheiro das vítimas de alguma forma, explicou a Polícia Civil. “As mulheres inclusive se desfaziam de bens para ajudar o golpista”, informou a corporação em nota.
O caso foi registrado na polícia quando a mulher de 39 anos descobriu o envolvimento dele com a moradora de Joinville. Após conversarem, chegaram à conclusão que foram vítimas de estelionato.
A vítima em questão teria resistido a dar dinheiro ao suspeito por algumas vezes. Nesses casos, ele contou com o apoio de dois cúmplices: seu filho e uma mulher com quem tem sociedade em uma empresa situada em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Juntos eles teriam se empenhado em convencer a vítima de que o golpista realmente precisava do dinheiro.
Ambos também foram indiciados por estelionato e serão investigados em processo criminal. Além disso, a Justiça decretou o sequestro de um veículo Ford/Fusion, que teria sido comprado com o dinheiro obtido nos golpes.
Fonte: Louise Queiroga – Extra / Imagem Ilustrativa