Procedimentos cirúrgicos, como remoção do dente do siso, cirurgias ósseas para inserção de implantes dentários, enxertos ósseos, são geralmente seguros e com baixa frequência de complicações, contudo, como qualquer cirurgia apresentam riscos.
Cerca de 5% dos pacientes passam por problemas como hemorragia, alveolite, formação de abcessos e parestesia. Embora a maioria seja temporária, em alguns casos, como nas lesões do nervo (Parestesia), podem ser prolongadas ou permanentes.
Temos percebido um aumento significativo de problemas referentes à região dos terceiros molares, que se traduzem em dor, edema, infecção, trismo e dificuldade de higiene oral, ocorridos graças à não erupção espontânea desses dentes. O fato destes dentes ficarem retidos pode ser explicado pela falta de espaço físico para os terceiros molares, devido ao tamanho do osso da arcada dentária ser menor que o tamanho requerido para acomodar todos os dentes, aliado ao fato destes serem os últimos dentes a erupcionarem, ou ainda poderá advir da má posição dos mesmos.
São ainda fatores de risco à ocorrência de parestesia do nervo alveolar inferior a idade avançada do paciente, a dificuldade operatória do caso e a proximidade entre o terceiro molar inferior e o canal mandibular. Essa proximidade poderá ser prevista por três sinais radiográficos: desvio do canal em direção aos ápices radiculares, presença de um escurecimento na região das raízes e interrupção da lâmina dura desses dentes.
A parestesia é uma complicação que ocorre quando existe um dano em algum dos nervos orais (normalmente no alveolar inferior, que fica na parte interna da mandíbula). A língua e os nervos faciais também podem ser afetados e o paciente tende a ficar com formigamentos, dormência, pressão, coceira e sensação de frio. Vale destacar que, sob nenhuma hipótese, a parestesia deve ser confundida com a paralisia.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A PARESTESIA:
As causas da parestesia podem ser várias, e essa complicação normalmente ocorre quando as cirurgias são feitas perto dos nervos. Os fatores mais comuns que ocasionam o problema são as picadas anestésicas diretamente sobre o nervo, eventuais fraturas, compressão do nervo, extração dentária ou um implante perto do nervo.
Se a parestesia for ocasionada por um edema cirúrgico, a tendência é que ela desapareça assim que o inchaço diminuir e deixar de comprimir os nervos. Aos poucos a sensibilidade volta ao normal e os sintomas desaparecem. Nesses quadros, o melhor tratamento é a paciência. Agora se houve um trauma no nervo, o sintoma da parestesia pode durar alguns dias, semanas, meses, ou até anos, ou ainda ser permanente, embora existam alguns tratamentos.
Colaboração: Dr. Wagner Destéfano
Cirurgião Dentista – CRO 10637