Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), aponta queda no endividamento no Paraná em fevereiro. No mês passado, 86,8% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida. O indicador baixou 3,44% na comparação mensal, e ficou levemente acima do patamar registrado em fevereiro de 2017, quando 86,2% dos consumidores estavam endividados. Como de costume, o endividamento do estado está bem acima da média nacional, que ficou em 61,2% em fevereiro, o quinto mês consecutivo de queda.
A concentração de famílias com contas em atraso no Paraná baixou de 30,6% em janeiro para 29% em fevereiro, bem como a falta de condição de pagamento, que caiu de 11,4% para 11,1%. Comparados ao ano anterior, as contas em atraso (26,5%) e a falta de condições de pagamento (10,8%) eram menores.
No Paraná, a maior concentração de dívidas está nas famílias de maior poder aquisitivo, com 90,5%, ante 86% entre as famílias de menor renda. As contas em atraso são relatadas por 17,3% das famílias de maior renda, contra 31,4% na faixa de renda até 10 salários mínimos. O percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas também é maior entre as classes C, D e E, com 11,6%, ante 7,7% nas classes A e B.
TIPO DE DÍVIDA – O cartão de crédito permanece como o tipo de dívida mais citada, mencionado por 72,1% das famílias paranaenses que se declararam endividadas. Em seguida, figuram na lista o financiamento de carro (10,2%) e financiamento imobiliário (8,8%).
NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO – A sensação de endividamento é maior nos paranaenses. De maneira geral, 26,7% se sentem muito endividados, enquanto no âmbito nacional o percentual é de 13,6%. Os que se sentem mais ou menos endividados somam 45% no estado e 23,4% no Brasil. Os que se sentem pouco endividados são 15,2% no estado e 24,2% no nacional. Os que não se enquadram em nenhum tipo de dívida citado na pesquisa somam 13,2% e 38,7%.
Fonte: ASCOM Sistema Fecomércio