Cianorte apresenta alto risco de infestação de Aedes aegypti

Apesar do índice elevado de 4,4% apresentado por recente levantamento, município ainda não registrou nenhum caso de dengue, chikungunya ou zika vírus entre a população

O 1º Levantamento de Índice Rápido (LIRAa) do ano, realizado entre os dias 22 e 25 de janeiro, revelou um cenário preocupante.Em visita a 25 regiões de Cianorte, os agentes de endemias detectaram 68 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya. O Índice de Infestação Predial chegou a 4,4%,colocando o município em situação de alto risco, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que admite o máximo de 1%.

As localidades que mais preocupam, segundo a sondagem,são as Zonas 08 e 06, especificamente nas redondezas do Jardim Aeroporto, João de Barro, Pedro Moreira, Asa Branca, Primo Manfrinato e São Judas Tadeu, que contabilizam 26 focos – 38% do total. No Jardim Aeroporto, ondeo índice de infestação foi o mais alto, os indicadores chegaram a 12,8%.

O aumento do número de focos nos inícios de ano, como explica a supervisora do Programa de Combate à Dengue da Prefeitura, Vera Fusisawa, é esperadopor conta do clima apropriado. “Muita chuva seguida de calor, como tem acontecido nos últimos dias, é o cenário perfeito para que o mosquito se multiplique. Justamente por esse motivo, contamos com a ajuda da população para realizar o combate principalmente nessa época”, alerta.

De acordo com o levantamento, recipientes provenientes do lixo, como plásticos, vidros de maionese, garrafas pet e potes de sorvete, foram os locais em que os focos mais foram encontrados (48,2%); seguidos por vasos de plantas, engradados e piscina de plástico (19,3%); tambores e baldes com água da chuva (15,7%); caixas de degelo de geladeiras, vaso sanitário e caixas de gordura (9,6%); e pneus, ocos de árvores e poças de água (3,6%).

A supervisora do Programa de Combate à Dengue relembra que a maioria desses focos são evitáveis. “Tem muita gente que espera a visita dos agentes para eliminar os criadouros. Entretanto, é necessário que cada cidadão crie o hábito de fiscalizar seus próprios imóveis e faça a sua parte, tendo em vista que a demanda aumenta muito nesse período, se tornando impossível nossa equipe dar conta sozinha”, afirma.

CASOS

Apesar do alto índice de infestação, o município não registra nenhum caso de dengue, chikungunya ou zika vírus até o momento entre a população. O prefeito Bongiorno considera a ausência de infectados “consequência do trabalho realizado com excelência pelos agentes de endemias, que promoveram diversas ações de conscientização e trabalhos de vistoriais nos imóveis do município no último ano”, enfatiza.

ASCOM/PMC