Problema com dengue é pontual no PR, diz secretário

saude-reuniao2O secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, esteve em Cianorte essa semana, onde anunciou investimentos na região. Ele se reuniu (foto) com o prefeito Claudemir Bongiorno para definir a construção de um Centro de Especialidades do Paraná (CEP). A prefeitura doará um terreno para o governo estadual construir o CEP num investimento de R$ 6 milhões. O local será ao lado de onde está sendo construída a Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A Folha de Cianorte entrevistou o secretário sobre problemas com a dengue na região.

O secretário Caputo também falou sobre repasses para Santa Casa de Cianorte, comentou a possibilidade de construção de hospital em Cianorte, obras em cidades da região, entre outros assuntos.

Na entrevista sobre a dengue o secretário comentou como tem sido a atuação do governo no problema. “Dengue não se combate só no Verão”, anunciou Caputo comentando que o Paraná teve epidemias em algumas regiões, mas que em outras não houve problema. Com isso, houve uma redução de 65% em todo o estado em relação a 2013. Cianorte foi uma das cidades da região que teve epidemia de dengue. Até essa semana já foram registrados 412 casos positivos da doença na cidade. Confira os tópicos abordados por Michele Caputo Neto sobre a dengue:

REDUÇÃO
Nós reduzimos os problemas com a dengue em 65% esse ano. São dados do comitê estadual, onde participações organizações como Ministério Público, universidades, munícipios, o governo estadual, entre outros. O importante na dengue é evitar óbitos. Vamos ter que conviver com isso por muitos anos no país e aqui no Paraná não é diferente.

AÇÕES
O que precisa é cada um estará atento sempre e fazer a sua parte. O que precisa ser feito as pessoas sabem. Só que ainda é necessário que se tenha uma continuidade nessas ações. Nós do governo do estado estamos fazendo nossa parte. Colocamos mais dinheiro no enfrentamento da dengue, principalmente nas áreas mais afetadas, através do Vigia SUS. O município escolhe o que fazer: usar no custeio, comprar equipamentos, contratar temporariamente mais agentes.

MP
O Ministério Público também tem feito a sua parte. Nós passamos para o Ministério Público a relação com o número de agentes, do nível de infestação, mensalmente. Também publicamos os boletins e os dados estão transparentes. Também é preciso que os municípios, principalmente nas áreas onde o problema é maior, mantenham equipes trabalhando o ano todo. Teve munícipio, no auge do risco, que deu férias coletivas pros agentes da dengue.

FOCOS
No Paraná os focos estão vinculados ao domicilio. Como se faz o acondicionamento e descarte de lixo, de garrafa pet, de copos de plástico, de garrafas de vidro. Quer dizer, é importante ter uma coleta adequada, que as pessoas saibam que é isso que é a fonte principal do criadouro do Aedes. Isso que faz com ele se multiplique.

CURSO
O que se fazer todos já sabem! Nós temos feito capacitações. A novidade desse ano é que fizemos um curso para agente de endemias. Isso se perdeu no tempo por parte do Ministério da Saúde e esse ano fizemos cursos em Maringá e Londrina com mais de 800 profissionais. Estamos criando uma cultura nova. Esse conhecimento estava muito concentrando nos funcionários da ex-Sucam, da Funasa. E eles estão ficando velhos. Eles contribuem muito com sua experiência, mas nós precisamos renovar esse conhecimento. Então, temos capacitado e cobrado quando necessário. Agimos, inclusive, com o Ministério Público onde há resistência de se fazer a coisa certa. Mas, sabemos que a participação da população é imprescindível. Uma coisa é repassar o problema. Nós não fazemos isso.

FUMACÊ
Nós criamos uma sala de situação com dez dias de governo. Essa sala tem um link com o sistema de climatologia do Paraná, da Universidade Federal. Nós monitoramos riscos. Quando necessário, encaminhamos as bombas intercostais, os fumacês. Temos feito seguidamente instruções e orientações como se deve proceder frente às situações.

VACINA
As pessoas precisam saber fazer o efetivo controle da dengue, porque acabar com ela não se acabará. Talvez, daqui a muitos anos quando tivermos essas vacinas que são testadas. Temos que conviver com esse problema, cada um fazendo a coisa certa. E, com isso, o risco de se morrer reduz. O risco de agravar o estado de saúde se reduz.

Texto e foto: Andye Iore

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