Uma fabriqueta especializada em crimes de falsificação foi desarticulada pela Polícia Civil na tarde de ontem (26), em Curitiba. A quadrilha forjava os mais variados documentos, desde carteiras de identidade (RG), CPF, habilitação de motorista, documentos de veículos, cartões bancários até carteirinhas de faculdade, atestados médicos, declarações de imposto de renda e contas de luz.
“O esquema era especializado em fabricar uma pessoa totalmente nova, a partir de dados de terceiros, forjando uma nova identidade e abandonando o nome sujo para trás”, explicou o delegado-titular do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Rodrigo Brown.
O chefe do esquema é um antigo conhecido das forças de segurança, inclusive de outros estados. C.R.M., 39 anos, havia dois mandados de prisão em aberto pela Polícia Federal, também por estelionato. Ele já havia sido preso anteriormente por manter em funcionamento práticas quase idênticas à encontrada nesta terça-feira.
Ele foi abordado por uma equipe do Cope no momento em que entregava carteiras de identidade a um homem de 48 anos, nas proximidades de um shopping center no bairro Portão, na frente de onde era mantido o local com todo o aparato necessário para a falsificação, como máquinas para gravar cartões magnéticos, computadores e impressoras. Com eles, a polícia apreendeu pastas com grande organização de dados cadastrais e cópias bem próximas de documentos legítimos.
“Documentos falsos trazem muita dor de cabeça para as forças de segurança. É comum marginais serem presos e apresentarem documentos falsos, por isso sempre procuramos descobrir de onde surgem esses registros”, diz o delegado.
De acordo com Brown, eles responderão pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e particular. As investigações prosseguem para identificar as pessoas que faziam uso desses falsificadores e com qual objetivo. “Quem procura esse tipo de serviço com certeza está com problemas com a lei ou pretende praticar algum tipo de golpe”, afirma o delegado. Os suspeitos presos encontram-se no Cope, à disposição da Justiça.
Texto e foto: SESP
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